Estudo de Avaliação da Resposta das Organizações em Portugal na Adaptação dos Sistemas de Recursos Humanos à Situação Decorrente da Pandemia de COVID-19

Objetivo do Estudo

Avaliar a perceção dos colaboradores acerca da adaptação dos sistemas de recursos humanos à situação decorrente da pandemia de Covid-19, efetuada numa amostra de organizações em Portugal.

Amostra

1040 respostas de colaboradores de 16 organizações de diversos setores de atividade.

Setores de Atividade das Organizações Estudadas

Abastecimento e Tratamento de Águas e Recolha de Resíduos; Administração Pública; Agricultura; Atividades Associativas; Construção Civil e Obras Publicas; Energia e Climatização; Ensino Superior; Fabrico de Maquinaria e Peças de Precisão; Indústrias Transformadoras; IPSS; Telecomunicações; Transportes Terrestres de Mercadorias; Turismo e Serviços.

Trabalho de Campo

O trabalho de campo e a inquirição dos colaboradores das organizações participantes no estudo decorreu entre 15 de abril e 15 de maio de 2020.

Indicadores e Áreas de Análise

Para a realização deste estudo foi efetuado um questionário com 28 variáveis de medida (indicadores), agrupados em três áreas de análise: 1) Perceção da Resposta Global da Organização; 2) Condições de Trabalho e 3) Perspetivas de Futuro. Nas condições de trabalho, para além da análise global, foi também efetuada uma análise segmentada, de acordo com o regime atual de trabalho dos inquiridos (teletrabalho, presencial ou misto (teletrabalho e presencial). Na avaliação dos indicadores foi utilizada uma escala de 1 a 10, onde 1 representa o nível mais baixo e 10 o mais elevado, sendo que uma resposta entre 1 e 5 é considerada negativa e entre 6 e 10 positiva.

Síntese de Resultados e Conclusões

PERCEÇÃO DA RESPOSTA GLOBAL DA ORGANIZAÇÃO Mínimo Organizações Média Organizações Máximo Organizações
Grau de satisfação global com a organização, considerando toda a experiência de trabalho na mesma desde o início de março de 2020, após o início da pandemia de Covid-19 e o registo do primeiro caso positivo em Portugal. 6,6 7,8 8,9
Grau em que se considera que a organização tomou atempadamente as medidas adequadas para a salvaguarda da segurança e saúde dos colaboradores 6,8 8,3 9,9
Grau em que se considera que a organização tomou as medidas adequadas para a salvaguarda dos postos de trabalho. 7,4 8,7 9,3
Vontade de permanecer ligado à organização. 8,5 9,1 9,6
Vontade de recomendar a organização, tendo em consideração a forma como está a enfrentar a situação decorrente da pandemia de Covid-19. 7,3 8,5 9,3

CONDIÇÕES DE TRABALHO (de acordo com o regime) Teletrabalho Presencial Misto
Grau em que se dispõe de todos os equipamentos necessários para o desempenho das funções. 8,8 8,3 8,4
Conforto e bem-estar físico do atual local de trabalho (por exemplo: temperatura, iluminação, espaço, ergonomia). 8,7 7,7 8,4
Produtividade do trabalho desenvolvido, em termos gerais, neste regime de trabalho. 8,8 8,2 8,2
Grau em que é considerada possível a conciliação entre a vida pessoal e a vida profissional, neste regime de trabalho. 8,5 7,9 8,3

PERSPETIVAS DE FUTURO Mínimo Organizações Média Organizações Máximo Organizações
Sentimento de trabalhar numa organização sólida e com perspetivas de futuro, apesar da situação económica decorrente da pandemia de Covid-19. 7,3 8,5 9,2
Sentimento de que o seu salário não está em risco. 6,1 7,8 8,8
Sentimento de que, de um modo geral, os postos de trabalho não estão em risco na organização, apesar da situação económica decorrente da pandemia de Covid-19 6,4 8,1 9,3

  • Em termos gerais verifica-se uma perceção positiva ou bastante positiva, por parte dos colaboradores inquiridos, relativamente à resposta global da sua entidade empregadora na adaptação à situação decorrente da pandemia de Covid-19, nomeadamente as resultantes das restrições e medidas de contingência impostas pela evolução da situação epidemiológica em Portugal.
  • A satisfação global com a organização, após o início da pandemia e o registo do primeiro caso positivo de Covid-19, alcança um valor médio de 7,8 (numa escala de 1 a 10, onde um representa o valor mais baixo e 10 o valor mais elevado).
  • A vontade de permanecer ligado à organização, com 9,1, apresenta o valor médio mais elevado dos indicadores apurados no estudo.
  • Relativamente ao regime de trabalho atual dos inquiridos, vigente durante o período de inquirição, verifica-se que, em termos médios, as respostas dos colaboradores em regime de teletrabalho apresentam os valores mais elevados, seguindo-se os colaboradores em regime misto (teletrabalho e presencial) e por último os trabalhadores em regime presencial.
  • No que respeita às condições de trabalho, o conforto e bem-estar físico do atual local de trabalho é avaliado com 8,7 pelos colaboradores em teletrabalho, 8,4 pelos colaboradores em regime misto e 7,7 pelos colaboradores em regime presencial.
  • O grau em que os inquiridos consideram possível a conciliação entre a vida pessoal e profissional no atual regime de trabalho regista um valor médio de 8,5 para no teletrabalho, 8,3 no regime misto e 7,9 no regime presencial.
  • Quanto às perspetivas de futuro, todas as organizações estudadas apresentam valores médios positivos nas respostas dos seus colaboradores.
  • No sentimento de que o seu salário não está em risco, os valores médios das respostas dos colaboradores nas organizações analisadas variam entre um mínimo de 6,1 e um máximo de 8,8.
  • O sentimento de trabalhar numa organização sólida e com perspetivas de futuro, apesar da situação económica resultante da situação de pandemia de Covid-19 é positivo / muito positivo entre os colaboradores das organizações estudadas. O mínimo registado é de 7,3 e o máximo de 9,2.

Informações Adicionais

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